Desafios atuais para as pequenas cidades / localidades da Região Intermediária de Maringá – Paraná
DOI:
https://doi.org/10.17058/redes.v28i1.18494Palavras-chave:
Região Intermediária de Maringá, Pequenas cidades/localidades, Espaços periféricos, Processo de urbanização brasileiro, Desafios socioespaciaisResumo
O contexto contemporâneo impõe reflexões sobre as pequenas cidades/localidades que se fazem urgentes e emergentes especialmente após período pandêmico. Esse período vivido de 2020 a 2022 provocou alterações talvez ainda não suficientemente mensuradas e compreendidas. A partir disso, emergiram novos questionamentos a respeito dos rumos da urbanização. Nesse sentido, o questionamento que orienta este artigo é compreender quais tendências podem ser observadas na realidade de pequenas cidades/localidades relacionadas ao avanço desse cenário. Norteado por essa questão o artigo teve como objetivo central construir reflexões sobre as perspectivas das pequenas cidades/localidades frente aos obstáculos contemporâneos. Para atender a tal tarefa os procedimentos metodológicos adotados foram a revisão da literatura e o levantamento de dados socioeconômicos das pequenas cidades/localidades da Região Intermediária de Maringá. Ao sistematizar os desafios atuais foram desenvolvidos três itens. No primeiro, refletimos acerca do processo de urbanização brasileiro e as pequenas cidades/localidades em contexto que pondera minimamente questões trazidas pela pandemia. Posteriormente, abordamos os enfrentamentos peculiares a áreas geograficamente periféricas. Procuramos analisar essa realidade socioespacial com o apoio de indicadores como o PIB per capita, contraposto ao índice de Gini que contribui para mensurar as desigualdades socioespaciais. Por fim, esboçamos algumas perspectivas, trazendo ideias considerações de autores que igualmente buscam caminhos frente aos desafios atuais. Compreendemos que diante aos novos desafios parece pertinente considerar que existem potencialidades nas pequenas cidades/localidades que podem contribuir para a produção de uma realidade socioespacial mais humana, socialmente menos desigual e ambientalmente sustentável.
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