Contribuições da Concepção Instintiva da Linguagem inerente à Biolinguística e à Linguistica Evolucionária para as pesquisas da Psicolinguística
DOI:
https://doi.org/10.17058/signo.v43i77.11632Palabras clave:
Biolinguística, Psicolinguística, Linguística Evolutiva, Teoria Instintiva da Linguagem e Seleção Natural, Contribuições da Teoria Instintiva da Linguagem para a Psicolinguística.Resumen
Este artigo discute como a teoria instintiva da linguagem postulada por Pinker (2002), sob os preceitos da Biolinguística (MEADER & MUYSKENS, 1950/1962) e da Linguística Evolutiva que se embasa na Teoria Evolucionista da Seleção Natural (Darwin 1859/2003), pode contribuir para o desenvolvimento teórico-metodológico da Psicolinguística (OSGOOD & SEBEOK, 1954) quanto às suas inquirições acadêmico-científicas e como pode, outrossim, favorecer – em menor extensão ou alcance hoje, porém com maior capacidade de abrangência futuramente – na inventariação e descrição dos fenômenos psicolinguísticos subjacentes à atividade cognitiva, assim como no que concerne à explicação pormenorizada dos princípios cognitivos inerentes ao exercício da faculdade da linguagem por meio da comunicação linguística desempenhada pelos seres humanos através de sólido embasamento biológico e orgânico. Para Tanto, contemplar-se-á, inicialmente, uma análise histórica e uma caracterização de duas importantes áreas especializadas da Linguística intimamente harmonizadas com a vertente gerativista ou Linguística Ge(ne)rativa (CHOMSKY, 1955/1975, 1957): a Psicolinguística (OSGOOD & SEBEOK, 1954) e a Biolinguística (MEADER & MUYSKENS, 1950/1962) para que possa então haver, na sequência, a discussão de como a teoria instintiva da linguagem é capaz de subsidiar o desenvolvimento da seara psicolinguística. Em suma, averiguar-se-á o potencial que esses campos interdisciplinares à Psicolinguística possuem para permitir uma teoria de aquisição da linguagem e do processamento que tenha suas diretrizes e princípios definidores respaldados nos fatores os quais possibilitaram o nascimento e evolução da linguagem até hoje e nas bases biológicas que, outrora, viabilizaram e que continuam viabilizando esse processo ao longo do tempo.Descargas
Citas
BLOOMFIELD, Leonard. Language history: from Language (1933). New York: Holt, Rinehart and Winston, 1965.
BOECKX, Cedric; GROHMANN, Kleanthes K. The biolinguistics manifesto. Biolinguistics, Nicosia, v. 1, p. 1-8, 2007.
SCLIAR-CABRAL, Leonor. Introdução à psicolingüística. São Paulo: Ática, 1991.
CÂMARA JR., Joaquim Mattoso. História da linguística. 7. ed. Trad. Maria do Amparo Barbosa de Azevedo. Petrópolis: Vozes, 2011.
CEZARIO, Maria Maura; MARTELOTTA, Mário Eduardo. Aquisição da linguagem. In: MARTELOTTA, Mário Eduardo (Org.). Manual de linguística. 2. ed. São Paulo: Contexto, 2012. p. 207-216.
______; VOTRE, Sebastião. Sociolinguística. In: MARTELOTTA, Mário Eduardo (Org.). Manual de linguística. 2. ed. São Paulo: Contexto, 2012. p. 141-155.
CHOMSKY, Noam. Approaching UG from below. In: SAUERLAND, Uli; GÄRTNER, Hans-Martin (Eds.). Interfaces + recursion = language? Chomsky’s minimalism and the view from syntax-semantics. Berlim: Mouton de Gruyter, 2007a. p. 1-30.
______. Of minds and language. Biolinguistics, Nicosia, v. 1, p. 9-27, 2007b.
______. Three factors in language design. Linguistic inquiry, Cambridge: MA, v. 36, n. 1, p. 1-22, 2005.
______. Syntactic structures (1957). 2nd ed. Berlim: Walter de Gruyter, 2002.
______. Knowledge of language: Its nature, origin, and use. Westport: Praeger, 1986.
______. Logical structure of linguistic theory (LSLT) (1955). Ms. Parts of 1956 revision published in New York and London: Plenum Press, 1975; Chicago: University of Chicago Press, 1985.
______. Aspects of the theory of syntax. Cambridge, MA: MIT Press, 1965.
CORRÊA, Letícia Maria Sicuro. Possíveis diálogos entre Teoria Lingüística e Psicolingüística: questões de processamento, aquisição e do déficit específico da linguagem. In: MIRANDA, Neusa Salim; NAME, Maria Cristina Lobo (Orgs.). Lingüística e Cognição. Juiz de Fora: Editora da UFJF, 2005. p. 221-244.
COSTA, Marcos Antonio. Estruturalismo. In: MARTELOTTA, Mário Eduardo (Org.). Manual de linguística. 2. ed. São Paulo: Contexto, 2012. p. 113-126.
DARWIN, Charles. A origem das espécies (1859). Porto: Lello & Irmão, 2003.
DI SCIULLO, Anna Maria et. al. The biological nature of human language. Biolinguistics, Nicosia, v. 4, n. 1, p. 4-34, 2010.
FERRARI-NETO, José; SILVA, Cláudia Roberta Tavares (Orgs.). Programa Minimalista em foco: princípios e debates. Curitiba, PR: CRV, 2012.
FURTADO DA CUNHA, Angélica. Funcionalismo. In: MARTELOTTA, Mário Eduardo (Org.). Manual de linguística. 2. ed. São Paulo: Contexto, 2012. p. 157-176.
______; COSTA, Marcos Antonio; MARTELOTTA, Mário Eduardo. Linguística. In: MARTELOTTA, Mário Eduardo (Org.). Manual de linguística. 2. ed. São Paulo: Contexto, 2012. p. 15-29.
HARLEY, Trevor A. The psychology of language: from data to theory. 3rd ed. Hove: Psychology Press, 2008.
JENKINS, Lyle. Exploring the Biology of Language. Cambridge: Cambridge University Press, 2000.
KENEDY, Eduardo. Gerativismo. In: MARTELOTTA, Mário Eduardo (Org.). Manual de linguística. 2. ed. São Paulo: Contexto, 2012. p. 127-140.
LEITÃO, Márcio Martins. Psicolinguística experimental: focalizando o processamento da linguagem. In: MARTELOTTA, Mário Eduardo (Org.). Manual de linguística. 2. ed. São Paulo: Contexto, 2012. p. 217-234.
LENNEBERG, Eric H.; CHOMSKY, Noam; MARX, Otto. Biological foundations of language. New York: Wiley, 1967.
LEWONTIN, Richard Charles. A tripla hélice: gene, organismo e ambiente. Trad. J. Viegas Filho. São Paulo: Companhia das Letras, 2002.
LONGA, Víctor M. Genes, lenguaje e innatismo: algunas precisiones. Letras, Lima, v. 84, n. 119, p. 99-122, 2014.
MAIA, Marcus (Org.). Psicolinguística, psicolinguísticas: uma introdução. São Paulo: Contexto, 2015.
MARTELOTTA, Mário Eduardo. Manual de linguística. 2. ed. São Paulo: Contexto, 2012.
______. Conceitos de gramática. In: MARTELOTTA, Mário Eduardo (Org.). Manual de linguística. 2. ed. São Paulo: Contexto, 2012. p. 43-70.
______; PALOMANES, Roza. Linguística cognitiva. In: MARTELOTTA, Mário Eduardo (Org.). Manual de linguística. 2. ed. São Paulo: Contexto, 2012. p. 177-192.
MATOS, Francisco Gomes de. Introdução à (Bio)linguística: linguagem e mente. DELTA: Documentação de Estudos em Lingüística Teórica e Aplicada, São Paulo, v. 27, n. 1, p. 169-173, 2011.
MEADER, Clarence L.; MUYSKENS, John H. Handbook of biolinguistics (1950). Toledo: Herbert C. Weller, 1962.
OLIVEIRA, Mariangela Rios de. Linguística textual. In: MARTELOTTA, Mário Eduardo (Org.). Manual de linguística. 2. ed. São Paulo: Contexto, 2012. p. 193-204.
______; WILSON, Victoria. Linguística e ensino. In: MARTELOTTA, Mário Eduardo (Org.). Manual de linguística. 2. ed. São Paulo: Contexto, 2012. p. 235-242.
OSGOOD, Charles E.; SEBEOK, Thomas A. Psycholinguistics: a survey of theory and research problems. The Journal of Abnormal and Social Psychology, Washington: DC, v. 49, n. 4, p 1-203, 1954.
______; ______ (Eds.). Psycholinguistics: A survey of theory and research problems. 2 ed. Bloomington: Indiana University Press, 1965a.
______; ______ (Eds.). Psycholinguistics: A survey of theory and research problems with a survey of psycholinguistic research, 1954-1964, by A. Richard Diebold and the psycholinguists, by George A. Miller. Bloomington: Indiana University Press, 1965b.
PINKER, Steven. O instinto da linguagem: como a mente cria a linguagem. Trad. Claudia Berliner. São Paulo: Martins Fontes, 2002.
______; BLOOM, Paul. Natural language and natural selection. Behavioral and brain sciences, New York, v. 13, n. 4, p. 707-727, 1990.
RATTOVA, Sidriana Scheffer. A recursividade no sistema sintático subjacente à faculdade da linguagem. 2014. 81 f. Dissertação (Mestrado em Letras) – Faculdade de Letras, Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2014.
ROSA, Maria Carlota. Introdução à (bio)linguística: linguagem e mente. São Paulo: Contexto, 2013.
SAUSSURE, Ferdinand de. Curso de linguística geral (1916). 27. ed. São Paulo: Cultrix, 2006.
TINBERGEN, Niko. On aims and methods of ethology (1963). (Reprinted from Zeitschrift fur Tierpsychologie, vol. 20, pg. 410, 1963), Animal Biology, Leiden, v. 55, n. 4, p. 297-321, 2005.
MILLER, George A. Language and communication. New York: McGraw-Hill, 1951.
______; CHOMSKY, Noam. Finitary models of language users. In: LUCE, Robert Duncan; BUSH, Robert R.; GALANTER, Eugene. (Eds.). In: Handbook of Mathematical Psychology. New York: Wiley, 1963. v. 1.
______; SELFRIDGE, Jennifer A. Verbal context and the recall of meaningful material. The American Journal of Psychology, Champaign, v. 63, n. 2, p. 176 185, 1950.
##submission.downloads##
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Declaro(amos) que o artigo submetido é pessoal, inédito, não representando reprodução, ainda que parcial, de obras de terceiros, assumindo a responsabilidade por todas as colocações e conceitos emitidos, bem como também autorizo(amos) sua publicação pela revista Signo, Universidade de Santa Cruz do Sul. Declaro(amos) exonerar a APESC/UNISC de todas e quaisquer responsabilidades, e indenizá-la por perdas e danos que venha a sofrer em caso de contestação (da originalidade e dos conceitos e ideias); Declaro(amos), caso o artigo seja aceito e publicado pela revista Signo, a cedência e transferência de forma definitiva e perpétua, irrevogável e irretratável, para a APESC, dos seus direitos autorais patrimoniais referentes ao artigo denominado nesta declaração, para utilização da APESC em finalidade educacional. Concordo(amos) e estou(amos) ciente(s) de que a publicação eletrônica é de livre acesso, regida com uma Licença Os autores que publicam na Signo retêm os direitos autorais de seu trabalho, licenciando-o sob a Creative Commons Attribution License que permite que os artigos sejam reutilizados e redistribuídos sem restrições, desde que o trabalho original seja corretamente citado. A Signo é propriedade da Associação Pró-Ensino em Santa Cruz do Sul e hospeda na plataforma Open Journal System. Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional.