Crenças e ações dos discentes quanto ao desenvolvimento da habilidade de produção oral durante aulas online na pandemia da COVID-19
DOI :
https://doi.org/10.17058/signo.v46i85.15651Mots-clés :
Formação de professores, Ensino e aprendizagem de línguas, Crenças, Produção oral, Aulas online, Língua inglesa.Résumé
O presente trabalho tem como objetivo investigar as crenças e ações dos discentes quanto ao próprio desenvolvimento da produção oral em aulas online de um curso livre de inglês como língua estrangeira (LE). A seção teórica baseia-se em: Barcelos (2001, 2006, 2010, 2011), Pajares (1992), Dewey (1933), Kalaja (1995), Riley (1997), Mukai (2014), para discorrer sobre crenças; Ur (1996), Santos e Barcelos (2018), Gonzáles (2008), Oxford (1990), Marcuschi (2010), Feijó e Mukai (2014), sobre oralidade; e Martins e Mill (2016), Santos (2011), Paiva (2018) e Aragão, Paiva e Junior (2017), acerca de aulas online. Para tanto, foi realizada uma pesquisa qualitativa interpretativista engajada em um estudo de caso coletivo (STAKE, 2005) com base na abordagem contextual para estudos de crenças (BARCELOS, 2001). A pesquisa foi desenvolvida com cinco alunos adultos no primeiro semestre de 2020. Os discentes, em face da pandemia da COVID-19, não tiveram outra opção, senão aderir às aulas online para dar continuidade aos estudos. Os dados que foram analisados tiveram como instrumentos de coleta a observação não participante com notas de campo, o questionário, a narrativa escrita e a entrevista semiestruturada. Já os resultados desta pesquisa revelaram que, apesar de os participantes perceberem melhora na desenvoltura da produção oral durante as aulas online, o rendimento dos mesmos foi inferior às expectativas quando comparado às aulas presenciais. Eles creem que, ao realizarem determinadas ações, terão possibilidades maiores de evoluir na produção oral durante as aulas remotas.Téléchargements
Références
ALMEIDA FILHO, J. C. P. Fundamentos de abordagem e formação no ensino de PLE e de outras línguas. Campinas, SP: Pontes, 2011.
ALMEIDA FILHO, J. C. P. Quatro estações no ensino de línguas. Campinas, SP: Pontes Editores, 2012.
ARAGÃO, R. C.; PAIVA, V. L. M. O; JUNIOR, R. C. G. Emoções no desenvolvimento de habilidades orais com tecnologias digitais. Revista Calidoscópio, v. 15, n. 3, p. 557-566, 2017.
BARCELOS, A. M. F. Metodologia de pesquisa das crenças sobre aprendizagem de línguas: estado da arte. Revista Brasileira de Linguística Aplicada, Belo Horizonte, v. 1, n. 1, p. 71-92, 2001.
BARCELOS, A.M. F; VIEIRA-ABRAHÃO, M. H. (Org.). Crenças e ensino de línguas: foco no professor, no aluno e na formação de professores. Campinas, SP: Pontes Editores, 2006.
BARCELOS, A. M. F. Cognição de professores e alunos: tendências recentes na pesquisa de crenças sobre ensino e aprendizagem de línguas. In: BARCELOS, A. M. F.; VIEIRA-ABRAHÃO, M. H. (Org.). Crenças e ensino de línguas: foco no professor, no aluno e na formação de professores. Campinas, SP: 2 ed. Pontes, 2010. p. 15-41.
BARCELOS, A. M. F. “Eu não fiz cursinho de inglês”: Reflexões acerca da crença no lugar ideal para aprender inglês no Brasil. In: BARCELOS, A. M. F. (Org.). Linguística Aplicada: reflexões sobre ensino e aprendizagem de língua materna e língua estrangeira. Campinas, SP; Pontes Editores, 2011. p. 297-318.
BARDIN, L. Análise de conteúdo. Lisboa: Edições 70, 1977.
BORTONI-RICARDO, S. M. O professor pesquisador: introdução à pesquisa qualitativa. São Paulo: Parábola Editorial, 2008.
DEWEY, J. Como pensamos: como se relaciona o pensamento reflexivo com o processo educativo: uma reexposição. Tradução Haydée de Camargo Campos. 3. ed. Companhia Editora Nacional, São Paulo, 1959. Originalmente publicado por Health Boston, 1933.
FEIJÓ, F. R.; MUKAI, Y. Crenças de alunos brasileiros (de japonês como LE) em relação à habilidade de fala em língua japonesa. Estudos Japoneses, v. 34, p. 46-70, 2014.
FLICK, U. Designing Qualitative Research. Los Angeles: Sage, 2007.
GONZÁLEZ, P. D. Destrezas receptivas y destrezas productivas en la enseñanza del español como lengua extranjera. Tenerife: Universidad de la Laguna, 2008. Disponível em: http://marcoele.com/monograficos/destrezas/. Acesso em: 28 jun. 2019.
HORWITZ, E. K. Surveying students’ beliefs about language learning. In: WENDEN, A.; RUBIN, J. (Org.). Learner strategies in language learning. London: Prentice Hall International, 1987. p. 110-129.
HYMES, Dell. H. On communicative competence: In: DURANTI, Alessandro. Linguistic anthropology: a reader. New York: Wiley-Blackwell, 2001 [1971]. p. 53-73.
KALAJA, P. Student beliefs (or metacognitive knowledge) about SLA reconsidered. International Journal of Applied Linguistics, v. 5, n. 2, p. 191-204, 1995.
KALAJA, P.; BARCELOS, A. M. F.; ARO, M.; ROUHOTIE-LYTHY, M. Beliefs, Agency and Identities in Foreign Language Learning and Teaching. United Kingdom: Palgrave Macmillan, 2016.
LÜDKE, M.; ANDRÉ, M. E. D. A. Pesquisa em educação: abordagens qualitativas. São Paulo: EPU, 1986.
MARCUSCHI, L. A. Da fala para a escrita: atividades de retextualização. 10. ed. São Paulo: Cortez, 2010.
MARTINS, S. L. B.; MILL, D. Estudos científicos sobre a educação a distância no Brasil: um breve panorama. Inc. Soc., Brasília, DF, v. 10, n. 1, p. 119-131, jul./dez. 2016.
MUKAI. Y. Crenças e necessidades de aprendizes de japonês como LE (língua estrangeira) a respeito da habilidade da escrita e materiais didáticos. Estudos Japoneses, São Paulo, n. 31, p. 193-219, 2011.
MUKAI, Y. Crenças e necessidades em relação à escrita em japonês: nos casos de estudantes universitários brasileiros e portugueses. Linguagem & Ensino, Pelotas, v. 17, n. 2, p. 391-440, 2014.
OXFORD, R. L. Language Learning Strategies: what an every teacher should know. Boston: Heinle; Heinle Publishers, 1990.
PAIVA, V. L. M. O. Tecnologias digitais para o desenvolvimento de habilidades orais em inglês. D.E.L.T.A., v. 34, n. 4, p.1319-1351, 2018.
PAJARES, F. M. Teachers’ beliefs and educational research: Cleaning up a messy construct. Review of Educational Research, v. 62, n. 3, p. 307-332, 1992.
PRODANOV, C. C.; FREITAS, E. C. Metodologia do trabalho científico [curso eletrônico]: métodos e técnicas da pesquisa e do trabalho acadêmico. 2. ed. Novo Hamburgo: Feevale, 2013.
RILEY, P. The guru and the conjurer: aspects of counselling for self access. In: BENSON, P.; VOLLER, P. (Org.). Autonomy and independence in language learning. New York: Longman, 1997. p. 114-131.
SANTOS, G. L. Ensinar e aprender no meio virtual: rompendo paradigmas. Educação e Pesquisa, São Paulo, v. 37, n. 2, p. 307-320, mai./ago. 2011.
SANTOS, J. C.; BARCELLOS, A. M. F. “Não sei de onde vem essa timidez, talvez um medo de parecer ridículo”: um estudo sobre a timidez e a produção oral de alunos de inglês. Horizontes de Linguística Aplicada, Brasília, ano 17, n. 2, p. 15-38, 2018.
STAKE, R. E. Qualitative case studies. In: DENZIN, N. K.; LINCOLN, Y. S. (Org.). The Sage handbook of qualitative research. 3. ed. Sage Publications, 2005. p. 443-446.
TRIVIÑOS, A. N. S. Introdução à pesquisa em ciências sociais: a pesquisa qualitativa em educação. São Paulo: Atlas, 1987.
VASCONCELLOS, L. F. Crenças sobre as dificuldades dos alunos no aprendizado de japonês como língua estrangeira. 2020. Trabalho do Programa de Iniciação Científica (ProIC), Instituto de Letras, Universidade de Brasília, Brasília, 2020.
VIEIRA-ABRAHÃO, M. H. Metodologia na investigação das crenças. In: VIEIRA-ABRAHÃO, M. H; BARCELOS, A. M. F (Org.). Crenças e ensino de línguas: foco, no aluno e na formação de professores no professor. 2. ed. Campinas, SP: Pontes, 2010. p. 219-231.
YIN, R. K. Estudo de caso: planejamento e métodos. Tradução Daniel Grassi. 2. ed. Porto Alegre: Bookman, 2001.
Téléchargements
Publié-e
Comment citer
Numéro
Rubrique
Licence
Declaro(amos) que o artigo submetido é pessoal, inédito, não representando reprodução, ainda que parcial, de obras de terceiros, assumindo a responsabilidade por todas as colocações e conceitos emitidos, bem como também autorizo(amos) sua publicação pela revista Signo, Universidade de Santa Cruz do Sul. Declaro(amos) exonerar a APESC/UNISC de todas e quaisquer responsabilidades, e indenizá-la por perdas e danos que venha a sofrer em caso de contestação (da originalidade e dos conceitos e ideias); Declaro(amos), caso o artigo seja aceito e publicado pela revista Signo, a cedência e transferência de forma definitiva e perpétua, irrevogável e irretratável, para a APESC, dos seus direitos autorais patrimoniais referentes ao artigo denominado nesta declaração, para utilização da APESC em finalidade educacional. Concordo(amos) e estou(amos) ciente(s) de que a publicação eletrônica é de livre acesso, regida com uma Licença Os autores que publicam na Signo retêm os direitos autorais de seu trabalho, licenciando-o sob a Creative Commons Attribution License que permite que os artigos sejam reutilizados e redistribuídos sem restrições, desde que o trabalho original seja corretamente citado. A Signo é propriedade da Associação Pró-Ensino em Santa Cruz do Sul e hospeda na plataforma Open Journal System. Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional.