Sociedade digital e leitura crítica: como está sendo planejada a formação de professores de línguas em tempos de emergência das tecnologias da desinformação?
DOI :
https://doi.org/10.17058/signo.v47i90.17555Mots-clés :
Sociedade digital, Formação do leitor crítico, Formação de professores de línguas, Letramentos digitaisRésumé
A popularização das tecnologias digitais causou uma verdadeira revolução sociocultural nas formas de comunicação, oportunizando diferentes espaços e novas maneiras de interação, tanto no âmbito das relações pessoais, quanto profissionais. Na atual sociedade digital, a ampla utilização de diferentes recursos e mídias sociais também facilitou a produção e a circulação de conhecimentos, exigindo dos usuários maior agência e domínio das diferentes formas de uso da linguagem, além de novas habilidades de interpretação, uma vez que o espaço digital também se tornou um terreno fértil para a circulação de desinformações. Esse cenário se apresenta como justificativa deste texto, que objetiva observar como se dá a preparação dos professores de línguas para o processo de formação de leitores críticos a partir da emergência das tecnologias digitais. Metodologicamente, parte-se da análise documental de cinco projetos pedagógicos de cursos presenciais de Licenciatura em Letras Português de Universidades Federais localizadas no Rio Grande do Sul (Brasil). Considera-se que para o processo de formação do leitor crítico é indispensável, primeiro, que a formação inicial de professores de línguas propicie aos docentes experiências teóricas e práticas sobre os conceitos de novos letramentos; multimodalidade e comunicação; multiletramentos e Letramentos Digitais. Como resultados, identificou-se que, dos cinco cursos analisados, apenas dois propiciam affordances para o desenvolvimento dos novos letramentos, multiletramentos e letramentos digitais docentes.
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