O que a escrita de universitários pode dizer sobre suas práticas de leitura
DOI :
https://doi.org/10.17058/signo.v37i62.2266Mots-clés :
Oralidade, Escrita, Práticas de leitura.Résumé
O gesto de escrever, segundo Flusser (1991), é diferente do gesto de falar. Contudo, ambos têm em comum a procura pelo outro. Em outro texto, o autor (Flusser, 2010) afirma que textos publicados são resultado da atividade de ourives: são lapidados (seja pelo escritor, seja pelo editor). Os textos analisados aqui são redações de alunos ingressantes (em 2011) no curso de Biologia na Universidade Federal de Rondônia. As 102 redações dos alunos examinadas aqui trazem marcas de oralidade e poucos indícios de edição (revisão e corte de redundâncias). São analisadas 36 narrativas que agrupamos sob o título Era uma vez, 28 narrativas que agrupamos sob o título de Continuação, 10 textos argumentativos que agrupamos sob o título de Sacolinhas e 28 textos argumentativos que agrupamos sob o título TV no ônibus. O deslizamento da oralidade para a escrita se faz evidente na (1) ortografia, (2) marcas de concordância, (3) preposições e pronomes reflexivos, (4) preenchimento do pronome-sujeito e (5) repetições vocabulares. As ortografias que representam a fala, as repetições, preposições e pronomes reflexivos empregados de maneira sui generis, além de concordâncias que não são realizadas na fala apontam para as parcas práticas de leitura dos alunos; já que a leitura envolve a memória pictográfica: quer seja a leitura do próprio texto, quer seja a leitura em geral.Téléchargements
Téléchargements
Publié-e
Comment citer
Numéro
Rubrique
Licence
Declaro(amos) que o artigo submetido é pessoal, inédito, não representando reprodução, ainda que parcial, de obras de terceiros, assumindo a responsabilidade por todas as colocações e conceitos emitidos, bem como também autorizo(amos) sua publicação pela revista Signo, Universidade de Santa Cruz do Sul. Declaro(amos) exonerar a APESC/UNISC de todas e quaisquer responsabilidades, e indenizá-la por perdas e danos que venha a sofrer em caso de contestação (da originalidade e dos conceitos e ideias); Declaro(amos), caso o artigo seja aceito e publicado pela revista Signo, a cedência e transferência de forma definitiva e perpétua, irrevogável e irretratável, para a APESC, dos seus direitos autorais patrimoniais referentes ao artigo denominado nesta declaração, para utilização da APESC em finalidade educacional. Concordo(amos) e estou(amos) ciente(s) de que a publicação eletrônica é de livre acesso, regida com uma Licença Os autores que publicam na Signo retêm os direitos autorais de seu trabalho, licenciando-o sob a Creative Commons Attribution License que permite que os artigos sejam reutilizados e redistribuídos sem restrições, desde que o trabalho original seja corretamente citado. A Signo é propriedade da Associação Pró-Ensino em Santa Cruz do Sul e hospeda na plataforma Open Journal System. Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional.