As profundezas da compreensão: as inter-relações entre interpretação, compreensão e significado
DOI:
https://doi.org/10.17058/signo.v35i59.1830Resumo
Ler e compreender são atividades cognitivas inter-relacionadas e sua relevância é tamanha para a vida social e acadêmica do indivíduo, que a hipótese de ler sem entender tem de ser considerada, de vez que, comprovadamente, há evidências da realização de práticas leitoras que não manifestam indícios de entendimento textual. Assim, aprofundar o conhecimento a respeito da relação fulcral entre ler e compreender é uma necessidade decorrente de sua dissociação em grande número de situações usuais. Há leitores – jovens e adultos - que aprendem a juntar as sílabas e a fazer a síntese da palavra, afanosamente, sem chegar a ler com fluência. O número de leitores que não consegue ultrapassar essa fase inicial da leitura – o decifrado – é tão grande, no Brasil, que se faz imprescindível discutir os fundamentos das relações entre leitura, compreensão, interpretação e significado linguístico para descobrir o que está, de fato, acontecendo. As perguntas que se seguem foram formuladas, em função da busca de explicação para os maus resultados, obtidos em testes de avaliação leitora - tanto nacionais quanto internacionais - por estudantes brasileiros: O que está faltando para que os estudantes possam ler de maneira eficiente? Compreender e interpretar são atividades cognitivas distintas? Qual a relação entre significado e compreensão? A compreensão relaciona-se de modo direto à apreensão do significado linguístico das palavras, ou não? Para compreender um texto, basta apreender a ideia principal sem saber o significado das palavras que nele constam? Para a maioria das pessoas, as respostas a tais perguntas não exigem muita reflexão. Alguém está falhando: a escola, os alunos, os professores, ou os pais. Para a ciência cognitiva, entretanto, a questão não é tão simples e exige cuidadosa reflexão. Este trabalho propõe-se, pois, a retomar os conceitos de interpretação, compreensão e significado. Mais precisamente, a fim de analisar tais conceitos, faz-se uma retomada do trabalho de Marcelo Dascal, no livro Interpretação e compreensão (2006), cotejando e complementando suas ponderações com as de outros pesquisadores da área, na tentativa de redimensionar as bases investigativas da questão em foco.Downloads
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