Efeitos da escolaridade na capacidade de fazer inferência
DOI:
https://doi.org/10.17058/signo.v49i96.19569Palavras-chave:
Inferências, Compreensão Textual, Ensino FundamentalResumo
A habilidade inferencial envolve conectar informações que faltam no texto de forma apropriada, sendo essencial para a compreensão. Fatores relacionados tanto ao leitor quanto ao texto podem afetá-la. Este estudo investiga dois deles: a progressão escolar e o tipo da inferência. Assim, este estudo teve por objetivo analisar as possíveis diferenças de escolarização entre os tipos de inferências em estudantes do 4º e 5º anos do Ensino Fundamental. A amostra é composta por 112 estudantes, que responderam a 12 perguntas inferenciais de estado, previsão e causa (quatro de cada tipo). As respostas das crianças foram categorizadas por dois juízes, um terceiro juiz analisou as discordâncias. Em seguida, aplicou-se o Kappa ponderado para as concordâncias (quase perfeita) e o coeficiente de correlação intraclasse (excelente). Os resultados da MANOVA demonstraram que apenas a inferência de previsão apresentou diferença estatisticamente significativa entre os grupos de 4º e 5º ano (F (1; 110) = 6,733; p = 0,011), após correção de Bonferroni. Implicações educacionais são discutidas, com relação ao desenvolvimento da compreensão textual, bem como algumas dificuldades apresentadas pelas crianças em lidar com diferentes tipos de inferências. Esses resultados trazem novas contribuições para a literatura. No âmbito educacional, pode fomentar discussões e nortear a prática a respeito da compreensão de textos.
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