A presença e a ausência: uma leitura de O dia em que o papa foi a melo, de Aldyr Garcia Schlee

Alexandre Antonio Ramos Maciel

Resumo


RESUMO: Este trabalho pretende problematizar O dia em que o Papa foi a Melo, de Aldyr Garcia Schlee, partindo da Teoria da Crítica à Sociedade da Escola de Frankfurt. A produção literária e sua relação com os fatores históricos culturais permite a construção de um jogo entre texto e contexto, em que um poderá servir para elucidar o funcionamento do outro. É necessário conhecer a natureza de cada um dos elementos, compreendendo minimamente as relações sociais e seus construtos culturais, da mesma forma com que os aspectos formais do ficcional. Garcia Schlee nasceu em Jaguarão, fronteira do Brasil com o Uruguai. Vencedor de importantes premiações por sua produção ficcional, chegando a finalista do Casa das Américas, é cidadão de fronteira, visto a localidade de nascimento e as relações estabelecidas em sua obra. Tendo como caráter constitutivo forte sua formação cultural a indecidibilidade, seja ela consciente e proposital ou não, a região fronteiriça tem sua constituição identitária específica. Com isso, pretende-se identificar quais as consequências culturais desses fatos presentes no texto e em que momento essas consequências passam a ser percebidas através da e com a ficção. Esses fatores “desaguam” no jogo entre a presença e a ausência, constituinte de tal regionalidade. A metodologia que se pretende adotar é de leitura e análise da obra e de investigações na própria localidade de Melo, em respeito aos fatos que estejam direta ou indiretamente ligados à obra, além do acompanhamento dos textos que servem como fundamentação teórica para a investigação.

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