INCLUSÃO ESCOLARASSUMINDO AS DIFERENÇAS ATRAVÉS DA ACEITAÇÃO E RESPEITO À DIVERSIDADE.

CRISTINA ÜCKMEIER, LAUDE ERANDI BRANDENBURG

Resumo


O presente trabalho é um estudo teórico com o objetivo de analisar o conceito da inclusão social, pesquisa que faz parte do projeto "Saberes da Pedagogia Social". As duas últimas décadas foram marcadas por movimentos sociais nacionais e internacionais buscando sempre o acordo para a formatação de uma politica de integração e de educação inclusiva, conquistando, assim, o reconhecimento do direito das pessoas com deficiência à plena participação social. A abordagem da educação inclusiva consiste em procurar atender as necessidades educativas de todas as crianças, jovens e adultos, com especial ênfase nos mais vulneráveis à marginalização e à exclusão. O fundamento da educação inclusiva é o direito humano à educação, consagrado na Declaração Universal dos Direitos Humanos, de 1949. Igualmente importante é o direito das crianças a não serem alvo de qualquer tipo de discriminação, enunciado no Artigo 2 da Convenção sobre os Direitos da Criança (Nações Unidas, 1989). Consequência lógica deste direito é que todas as crianças têm o direito de receber um tipo de educação que não fomente discriminações por motivos de incapacidade, étnicos, religiosos, linguísticos, de gênero ou outros. Outro instrumento é a Declaração e Programa de Ação da Conferência Mundial sobre os Direitos Humanos de Viena (1993), que ratificou o princípio da Diversidade e estabeleceu, ao lado direito à igualdade, o direito à diferença: o reconhecimento da pluralidade de sujeitos portadores de direitos e de seus direitos específicos como parte integrante e indivisível da plataforma universal dos Direitos Humanos. Apesar de todas as conquistas, a sociedade ainda encontra-se, atualmente, num período de adaptação e aceitação dessas crianças, pois a inclusão acontece por meio de um processo interativo em que sociedade e alunos se reconhecem, adaptam-se e desenvolvem-se, estabelecendo novos pactos fundamentados no direito de cidadania plena para todos. Logo, o processo inclusivo pode significar uma verdadeira revolução educacional que envolve a revelação de escolas eficientes, diferentes, solidárias e democráticas, em que a multiplicidade leva-nos a ultrapassar o limite da integração e alcançar a inclusão. Esta depende muito de mudanças nos valores de uma sociedade, nos quais a escola está implicada historicamente, preparando o aluno para o pleno exercício da cidadania e, ao mesmo tempo, preparando o ambiente escolar para receber estes alunos, mas estas mudanças hoje no meio escolar estão ocorrendo de uma maneira muito lenta, gradativa, planejada e contínua. Mesmo com todas as lutas no decorrer da história pelos direitos humanos e direitos sociais, percebe-se que muitas mudanças ocorreram, mas ainda há muito a ser esclarecido e discutido a respeito das diferenças no âmbito da inclusão. Toda a política em matéria de educação deve poder responder aos desafios do pluralismo e permitir que cada pessoa encontre o seu lugar na comunidade a que pertence e, ao mesmo tempo, dispor dos meios necessários para se abrir a outras comunidades. Este artigo tem como objetivo desenvolver o tema da Inclusão Social, no sentido de refletir sobre a sua história no cenário social e escolar. A metodologia de pesquisa utilizada é bibliográfica e se baseia principalmente na inclusão de pessoas com deficiências e marginalizadas no âmbito da sociedade. A abordagem do assunto será baseada em um processo de construção de um novo tipo de sociedade através da transformação educativa social inclusiva.


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