A IMPLANTAÇÃO DAS PRÁTICAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES NA 28ª REGIÃO DO RIO GRANDE DO SUL E SUAS RELAÇÕES COM QUALIDADE DE VIDA DA POPULAÇÃO

Ana Caroline Holde Pinheiro, Larissa Lopes da Silva, Tatiane Regina da Silva, Ana Zoé Schilling, Aline Fernanda Fischborn, Adriane dos S. N. Anacker

Resumo


Em 2006, a Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares foi sancionada, porém, mesmo essas atividades acrescentando e favorecendo um cuidado humanizado na atenção básica, por falta de conhecimento e entendimento de muitos profissionais, gestores e estudantes da área da saúde ou ainda por ser uma política relativamente nova, não há muitas pesquisas sobre como está acontecendo o processo de implantação e que benefícios estão sendo evidenciados na qualidade de vida da população. Dispondo desse pensamento, e compreendendo o potencial das PICS na promoção e recuperação da saúde, realizamos uma pesquisa intitulada: “Os Processos de Implantação da Política Nacional das Práticas Integrativas e Complementares no âmbito da 28ª Região de Saúde” que foi aprovado pelo Comitê de Ética da UNISC sob o número 2834696. O objetivo do presente estudo, é apresentar quais foram os benefícios percebidos na população, pelos profissionais e gestores de saúde, posteriormente a inserção das práticas, além de compreender como está iniciando a incorporação da política. A metodologia utilizada foi uma pesquisa qualitativa com aplicação de questionários aos gestores de saúde dos municípios de Pântano Grande, Passo do Sobrado, Rio Pardo, Vera Cruz, Mato Leitão, Gramado Xavier, Venâncio Aires, Sinimbu, Vale do Sol, Vale Verde, Herveiras, Candelária e Santa Cruz do Sul e com profissionais indicados por eles, ligados a rede de saúde, no período de maio a julho de 2018. O estudo, mostrou que apenas um município não realiza nenhum tipo de prática integrativa, contudo, o restante, mesmo que dispondo de algumas dificuldades, como a falta de profissionais capacitados, iniciaram o processo, e os resultados foram promissores. Revelaram que, práticas implementadas recentemente não apresentam muitos resultados, já outras, com um tempo maior de utilização, geraram inúmeros benefícios para a população tais como a melhora na qualidade de vida, no humor, diminui sintomas de depressão e ansiedade, minimiza a insônia, melhora o convívio social, previne doenças, além de diminuir encaminhamentos para especialistas e o uso indiscriminado de medicamentos como antidepressivos e anti-inflamatórios. Portanto, fica claro que o uso das práticas integrativas e complementares na rede básica de saúde, é de grande valia, pois garantem em muitos aspectos uma boa qualidade de vida para a população, principalmente quando utilizados não apenas em atividades isoladas, mas sim, durante um maior tempo. Sendo assim, seria interessante para as comunidades e para os gestores que estas práticas fossem mais disseminadas e utilizadas, visto que através da escuta acolhedora e de um vínculo terapêutico estabelecido as mesmas induzem uma série de melhorias e de redução de agravos na recuperação da saúde.



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