A trajetória do paladar luso entre os séculos XVIIXVIII: análise de livros de cozinha
DOI:
https://doi.org/10.17058/agora.v18i1.7263Palabras clave:
Processo Civilizador, Cozinha Moderna Portuguesa, Livros de CozinhaResumen
Buscamos neste trabalho compreender a transição da alimentação portuguesa ocorrida no período entre os séculos XVIIXVIII, influenciada pelas tendências francesas, considerada modelo para grande parte da Europa moderna. Além das alterações de práticas e técnicas culinárias, buscamos observar a modificação dos ingredientes, estes que constituíram o principal foco das inovações. Falar da modernidade é remeter a um período em que os sabores marcantes das especiarias, usadas em abundância, e a pompa excessiva nas apresentações dos pratos, tão características do medievo, deram lugar a sabores mais delicados, com temperos que valorizavam o sabor natural dos alimentos. Com vistas a acompanhar tal processo, tomamos como base de análise de reflexão os dois primeiros livros de cozinha portugueses publicados: Arte de Cozinha (1680), de Domingos Rodrigues, e Cozinheiro Moderno ou Nova Arte de Cozinha (1780), de Lucas Rigaud. Por esse expediente, buscamos esquadrinhar, em linhas gerais, quais foram as transformações ocorridas no paladar português ao longo do período em tela.Descargas
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