A trajetória do paladar luso entre os séculos XVII­XVIII: análise de livros de cozinha

Autores

  • Fernando Santa Clara Viana Junior Universidade Federal do Espírito Santo
  • Patrícia M. Silva Merlo Universidade Federal do Espírito Santo

DOI:

https://doi.org/10.17058/agora.v18i1.7263

Palavras-chave:

Processo Civilizador, Cozinha Moderna Portuguesa, Livros de Cozinha

Resumo

Buscamos neste trabalho compreender a transição da alimentação portuguesa ocorrida no período entre os séculos XVII­XVIII, influenciada pelas tendências francesas, considerada modelo para grande parte da Europa moderna. Além das alterações de práticas e técnicas culinárias, buscamos observar a modificação dos ingredientes, estes que constituíram o principal foco das inovações. Falar da modernidade é remeter a um período em que os sabores marcantes das especiarias, usadas em abundância, e a pompa excessiva nas apresentações dos pratos, tão características do medievo, deram lugar a sabores mais delicados, com temperos que valorizavam o sabor natural dos alimentos. Com vistas a acompanhar tal processo, tomamos como base de análise de reflexão os dois primeiros livros de cozinha portugueses publicados: Arte de Cozinha (1680), de Domingos Rodrigues, e Cozinheiro Moderno ou Nova Arte de Cozinha (1780), de Lucas Rigaud. Por esse expediente, buscamos esquadrinhar, em linhas gerais, quais foram as transformações ocorridas no paladar português ao longo do período em tela.

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Biografia do Autor

Fernando Santa Clara Viana Junior, Universidade Federal do Espírito Santo

Mestre pelo Programa de Pós-Graduação em História da Universidade Federal do Espírito Santo. Docente do curso de Gastronomia da Faculdade Novo Milênio. Graduado em Gastronomia pela Faculdade Novo Milênio. Graduando em História pela Universidade Federal do Espírito Santo.

Patrícia M. Silva Merlo, Universidade Federal do Espírito Santo

Possui Graduação em História pela Universidade Federal do Espírito Santo (2000), Mestrado em História pela Universidade Federal Fluminense (2003) e Doutorado em História Social pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (2008). É professora da Universidade Federal do Espírito Santo, vinculada à graduação de História e ao Programa de Pós-graduação Stricto Sensu em História. Participa do Laboratório História, Poder e Linguagens(UFES). Coordena o Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência de História/UFES. Desenvolve pesquisas com foco na Modernidade Ibérica, Ideias Políticas na Modernidade e História da Alimentação.

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Publicado

2016-10-14

Como Citar

Viana Junior, F. S. C., & Merlo, P. M. S. (2016). A trajetória do paladar luso entre os séculos XVII­XVIII: análise de livros de cozinha. Ágora, 18(1), 131-140. https://doi.org/10.17058/agora.v18i1.7263

Edição

Seção

Dossiê: Gastronomia: saberes e fazeres