Dimensões sociais da resiliência a desastres

Autores

DOI:

https://doi.org/10.17058/redes.v24i2.13000

Palavras-chave:

recuperação em desastres, vulnerabilidade, resiliência

Resumo

Os estudos sociais sobre os desastres ainda são um tema de pouca pesquisa científica no Brasil, em particular àqueles que se referem aos processos de reconstrução e recuperação frente a desastres. Recentemente, esse debate tem sido impulsionado pelas ciências naturais e engenharias, que compreendem o desastre como um evento/acontecimento, ao qual cabe responder com estrategias de resiliência, isto é, de responder, fazer frente ao evento adverso. Surgido no campo das ciências biológicas e engenharias, o termo resiliência tem sido aplicado às sociedades humanas. Entretanto, a participação das ciências sociais nesse ainda é incipiente. O objetivo deste artigo é discutir o conceito de resiliência a desastres, sob a perspectiva da Sociologia dos Desastres. Essa reflexão é feita à luz da revisão bibliográfica, da pesquisa documental e da pesquisa de campo, de base qualitativa, realizada nos desastres em Ilhota/SC (2008) e São Luiz do Paraitinga/SP (2010). A partir desses elementos de pesquisa de campo, apresentam-se alguns caminhos metodológicos e teóricos para a compreensão do conceito de resiliência no âmbito da Sociologia dos Desastres. Por fim, recomendam-se alguns futuros percursos de pesquisa no tema.

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Biografia do Autor

Victor Marchezini, Centro Nacional de Monitoramento e Alerta de Desastres Naturais (CEMADEN)

Doutor e mestre em Sociologia pelo Programa de Pós-Graduação em Sociologia, da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). Bacharel em Ciências Sociais pela UFSCar e Licenciado em Ciências Sociais pela Universidade Estadual Paulista - UNESP/FCL- Araraquara. Especialista em Direitos Humanos, Gestão Global de Riscos e Políticas Públicas de Prevenção de Desastres pela Fundação Henry Dunant - América Latina. Especialista em educação a distância pela Faculdade Anhanguera-Uniderp. Foi pesquisador do Núcleo de Estudos e Pesquisas Sociais em Desastres (NEPED/UFSCar) no período de 2004 a 2011. Tem experiência na área de Sociologia, com ênfase em Sociologia dos Desastres. Foi analista operacional (2012-2014) no Centro Nacional de Monitoramento e Alerta de Desastres Naturais (CEMADEN), do Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação. Atualmente é pesquisador associado no Cemaden. É integrante de dois grupos de pesquisa certificados junto ao CNPq: o Grupo de Pesquisa "Estudos de Mudanças de clima, detecção, avaliação de impactos e vulnerabilidade" (coordenado pelo INPE) e do "Grupo Pesquisador em Educação Ambiental, Comunicação e Arte - GPEA" (coordenado pela UFMT). A partir de outubro de 2018, passou a ser docente colaborador no Programa de Pós-Graduação em Ciências do Sistema Terrestre, no Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). É membro do conselho do comitê de pesquisa em Sociologia dos Desastres (RC 39), da Associação Internacional de Sociologia (ISA).

Henrique Almeida Forini, Universidade Federal de São Carlos (UFSCar)

Graduando em Ciências Sociais pela Universidade Federal de São Carlos com ênfase em Sociologia. É membro do grupo de pesquisa "Ideias e Instituições para o Desenvolvimento e a Democracia" (CNPq/UFSCar). Desenvolveu pesquisa de iniciação científica como bolsista PIBIC analisando o impacto das Ações Afirmativas na composição do conselho universitário da UFSCar. Atualmente é bolsista pelo CEMADEN (CNPq) e realiza pesquisa sobre "cidades resilientes" na área de sociologia dos desastres. Trabalhou também como pesquisador do Observatório Nacional de Política de Assistência Estudantil durante o ano de 2016.

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Publicado

2019-05-03

Como Citar

Marchezini, V., & Forini, H. A. (2019). Dimensões sociais da resiliência a desastres. Redes, 24(2), 9-28. https://doi.org/10.17058/redes.v24i2.13000

Edição

Seção

Resiliência pós-desastres: recuperando o desenvolvimento regional