A “promessa da diferença” dos supermercados cooperativos: tornar acessíveis os produtos de qualidade através de cadeias alimentares sustentáveis e democráticas?
DOI:
https://doi.org/10.17058/redes.v24i3.14002Palavras-chave:
Pobreza. Segurança Alimentar e Nutricional. Autoconsumo. Brasil.Resumo
Nos últimos anos, os supermercados cooperativos e participativos estão se espalhando por toda Europa, especialmente na França, como um novo modelo de compra. Este artigo tem como objetivo analisar a “promessa de diferença" (LE VELLY, 2017) que distingue esse modelo da atual oferta de alimentos. Esta promessa é avaliada tanto através da análise desses projetos em termos de seleção de produtos, organização do trabalho e tomada de decisões, como através da implementação de atividades de regulação concretas. A metodologia baseia-se na análise de conteúdo de discursos, documentos e comunicação em jornais on-line, assim como em observação participante. Os principais resultados mostram que esses modelos emergem como uma alternativa, tanto aos supermercados convencionais quanto às redes alternativas. O estudo contribui para demonstrar que essas cooperativas se estruturam levando em conta os aspectos: econômicos (preço razoável dos produtos, redução dos custos fixos), sociais (acessibilidade, criação de espaços de troca e compartilhamento, participação na tomada de decisões) e ambientais (produtos locais e/ou orgânicos). Inspiram-se nos modelos dos supermercados convencionais em termos de acessibilidade (preços baixos, horários de funcionamento prolongados) e variedade de produtos. Porém, distinguem-se primeiramente por serem organizações sem fins lucrativos, reinvestindo o lucro na própria cooperativa ou em projetos solidários, além de envolverem ativamente os consumidores na tomada de decisões.Downloads
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Publicado
2019-09-03
Como Citar
Giacchè, G., & Retière, M. (2019). A “promessa da diferença” dos supermercados cooperativos: tornar acessíveis os produtos de qualidade através de cadeias alimentares sustentáveis e democráticas?. Redes, 24(3), 35-48. https://doi.org/10.17058/redes.v24i3.14002
Edição
Seção
As (re)configurações rurais e urbanas na alimentação e a perspectiva territorial