Avaliar a gestão social na governança territorial: bricolagem, aprendizagem e hibridação na construção do Índice de Gestão Social (IGS)

Autores

DOI:

https://doi.org/10.17058/redes.v25i3.15233

Palavras-chave:

Governança territorial. Avaliação. Gestão social. Desenvolvimento territorial. Brasil.

Resumo

Entre 2003 e 2016, o governo federal brasileiro implementou o Programa Nacional de Desenvolvimento Sustentável dos Territórios Rurais (PRONAT), cuja governança se processava em colegiados participativos paritários formados pelos atores sociais, suas organizações e representantes governamentais. A gestão social constituiu o marco orientador do programa e o ciclo de gestão social buscava organizar os processos de participação, coordenação, gestão e controle social das políticas públicas pelos atores territoriais. O Ministério do Desenvolvimento Agrário começou a desenhar o seu sistema de monitoramento e avaliação em 2007. Para isso, equipes de pesquisadores de diversas universidades públicas do país foram mobilizadas. A avaliação da gestão social e seus indicadores concretos foram desenvolvidos em dois ciclos de monitoramento e avaliação, configurando-se como um processo descentralizado por meio de um índice composto pelos diversos indicadores relevantes teórica e metodologicamente, enfeixados no Índice de Gestão Social (IGS). Este artigo tem como objetivos: (i) discutir os referencias teóricos que orientaram a construção do IGS, (ii) apresentar a trajetória da metodologia de avaliação e dos sistemas de monitoramento e avaliação associados e (iii) caracterizar as dimensões do índice. Ensinamentos são tirados quanto ao processo de construção do IGS que privilegiou a bricolagem, a aprendizagem e a hibridação.

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Biografia do Autor

Marc Piraux, CIRAD (Centro de cooperação internacional em pesquisa agronômica para o desenvolvimento) Tetis

CIRAD, UMR Tetis, INRAE, CIRAD, CNRS, agroparistech. Montpellier, France Professor collaborador INEAF UFPA Belem RETE - Rede Brasileira de Pesquisa e Gestão em Desenvolvimento Territorial

Mireya E. Valencia Perafán, Universidade de Brasília -UnB

Doutora em Ciências Sociais pela Universidade de Brasília e Mestre em Desenvolvimento Rural pela Pontifícia Universidade Javeriana da Colômbia Professora Universidade de Brasília -UnB Diretora Presidente da Rede Brasileira de Pesquisa e Gestão em Desenvolvimento Territorial -RETE

Marcio Caniello, Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais (PPGS) da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG)

Professor Titular de Antropologia e Professor Permanente do Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais (PPGS) da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG) Rede Brasileira de Pesquisa e Gestão em Desenvolvimento Territorial -RETE

Betty Nogueira Rocha, Departamento de Ciências Econômicas da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro

Doutora em Ciências Sociais em Desenvolvimento, Agricultura e Sociedade (CPDA) pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ). Professora Associada do Departamento de Ciências Econômicas da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Integrante da Rede Brasileira de Pesquisa e Gestão em Desenvolvimento Territorial (RETE)

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Publicado

2020-09-28

Como Citar

Piraux, M., Perafán, M. E. V., Caniello, M., & Rocha, B. N. (2020). Avaliar a gestão social na governança territorial: bricolagem, aprendizagem e hibridação na construção do Índice de Gestão Social (IGS). Redes, 25(3), 1071-1095. https://doi.org/10.17058/redes.v25i3.15233

Edição

Seção

Governança Territorial e Desenvolvimento Regional: Tipologias, Processos e Repercussões nos territórios