A aquisição pública de alimentos como mecanismo de desenvolvimento na Colômbia
DOI:
https://doi.org/10.17058/redes.v24i1.13048Palavras-chave:
Teoria dos Campos de Ação Estratégica. Albert Hirschman. Conflito armado. Políticas públicas de alimentação.Resumo
A alimentação pública é um campo em disputa, em que os atores coletivos, por meio das suas habilidades sociais, reconstroem normas e significados para conduzir à emergência ou à estabilidade da política. O objetivo do estudo é analisar como a aquisição pública de alimentos pode ser um mecanismo de desenvolvimento em zonas de conflito armado na Colômbia, empregando a perspectiva da Teoria dos Campos de Ação Estratégica e a Abordagem Possibilista de Albert Hirschman. Metodologicamente, a pesquisa corresponde a três estudos de caso. Analisam-se como as formas de organização social de atores coletivos disputam concepções de mundos, redefinem regras e normas e empregam múltiplos recursos para formar alianças, desestabilizar o campo, consolidar seus interesses e reproduzirem-se socialmente. Os resultados sugerem que as políticas públicas de alimentação são concebidas sob estruturas homogêneas que ignoram e tornam invisíveis as formas de gestão comunitária e autônoma. A gestão comunitária e autônoma resiste aos modelos homogeneizadores da contratação pública e do abastecimento, e reivindica a necessidade de redefinir as regras e concepções de mundos em relação a qualidade e as relações que transcendem do campo econômico. Essa última expressa-se como forma de organização mais eficiente e eficaz na resposta às demandas prioritárias das populações rurais. Além disso, constrói novos significados em torno da qualidade dos alimentos e da gestão dos programas públicos em alimentação, num processo de disputas pela reprodução dos múltiplos atores dentro do campo.Downloads
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Publicado
2019-01-03
Como Citar
Schneider, S., & Bohórquez, N. V. (2019). A aquisição pública de alimentos como mecanismo de desenvolvimento na Colômbia. Redes, 24(1), 81-105. https://doi.org/10.17058/redes.v24i1.13048
Edição
Seção
Mercados Institucionais: reconectando a produção ao consumo