O conto fantástico na formação do leitor: uma leitura do conto “O Buraco”, de Luiz Vilela

Autores

DOI:

https://doi.org/10.17058/signo.v45i82.14268

Palavras-chave:

Conto fantástico, Estética da Recepção e do Efeito, Formação do Leitor

Resumo

Objetiva-se neste texto apresentar uma reflexão sobre a narrativa fantástica e suas potencialidades para a formação do leitor. Para a consecução desse objetivo, elegeu-se para análise o conto “O Buraco”, do escritor Luiz Junqueira Vilela (2016, p.19-38), pinçado de sua coletânea Três Histórias Fantásticas (2016), a qual compõe os acervos de 2011 do PNBE – Programa Nacional Biblioteca na Escola, destinados aos jovens do Ensino Médio. Pretende-se problematizar, na análise desse conto, a configuração em sua narrativa do leitor implícito, a partir das contribuições teóricas da Estética da Recepção e do Efeito (JAUSS, 1994; ISER, 1996 e 1999). Justifica-se esse aporte teórico, pois as obras destinadas ao público juvenil buscam explicitamente a recepção. Além disso, essa abordagem permite observar se esse conto, escrito no final de década de 1960, possui vitalidade para cativar o jovem leitor, pois mantém comunicabilidade na leitura e promove sua reflexão crítica, por meio do rompimento de seus conceitos prévios e da ampliação de seus horizontes de expectativas.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Eliane Aparecida Galvão Ribeiro Ferreira, Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho" - UNESP, Câmpus de Assis - São Paulo.

Doutora em Letras pela Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” – UNESP, Câmpus de Assis. Possui experiência nas áreas de Literatura, Leitura e Ensino, com ênfase em Formação do Leitor. Seus temas de pesquisa mais recorrentes são: leitura, literatura infantil e juvenil, e formação de leitores. Exerce cargo de Professora Assistente Doutora na graduação e pós-graduação da UNESP, Câmpus de Assis. Participa dos Grupos de Pesquisa: Leitura e Literatura na Escola (UNESP-Assis-SP); Literatura Infantil e Juvenil: análise literária e formação do leitor (UTFPR-Curitiba); e Discursos sobre Trabalho, Tecnologia e Identidades (UTFPR-Curitiba). Junto a ANPOLL, é membro do Grupo de Trabalho Leitura e Literatura Infantil e Juvenil.

Ricardo Magalhães Bulhões, UFMS - Câmpus de Três Lagoas - MS

Professor na graduação e pós-graduação da Universidade Federal do Mato Grosso do Sul - Câmpus de Três Lagoas/MS. Membro do Grupo de Trabalho Leitura e Literatura Infantil e Juvenil junto a ANPOLL.

Referências

BOSI, A. História concisa da literatura brasileira. 3.ed. 9.tir. São Paulo: Cultrix, 1985.

BOSI, A. O conto brasileiro contemporâneo. 22.ed. São Paulo: Cultrix, 2008.

CARNEIRO, F. No país do presente: ficção brasileira no início do século XXI. Rio de Janeiro, Rocco, 2005.

FERNANDES, C. R. D. A seleção de obras literárias para o Programa Nacional Biblioteca da Escola − PNBE 2006-2014. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/elbc/n51/2316-4018-elbc-51-00221.pdf>. Acesso em: 20 fev. 2019.

FNLIJ. Disponível em: <http://fnlij.org.br/imagens/arquivos/catalogos%20bolonha/bolonha_2010.pdf>. Acesso em: 21 ago. 2019.

GAMA-KHALIL, M. M. A literatura fantástica: gênero ou modo? In: Terra Roxa e outras terras – Revista de Estudos Literários, Londrina/PR, v.26, p.18-31, dez. 2013.

HAROCHE, C. Fazer dizer, querer dizer. Trad. Eni P. Orlandi. São Paulo: Hucitec, 1992.

ISER, W. O ato da leitura: uma teoria do efeito estético. Trad. Johannes Kretschmer. São Paulo: Ed. 34, 1999. vol. 2.

ISER, W. O ato da leitura: uma teoria do efeito estético. Trad. Johannes Kretschmer. São Paulo: Ed. 34, 1996. vol.1.

JAUSS, H. R. A história da literatura como provocação à teoria literária. Trad. Sérgio Tellaroli. São Paulo: Ática, 1994.

MORICONI, Í. (org.). Os cem melhores contos brasileiros do século. Rio de Janeiro: Objetiva, 2001.

ORTIZ, R. A moderna tradição brasileira: cultura brasileira e indústria cultural. 5. ed. 4. reimpr. São Paulo: Brasiliense, 2001.

PINTO, M. de O. O insólito, os autores, e a crítica literária: perspectivas no sistema literário brasileiro. In: ______; GARCÍA, F.; MICHELLI, R. (orgs.). Vertentes do fantástico no Brasil: tendências da ficção e da crítica. Rio de Janeiro: Dialogarts, 2015, p.159-172.

PORTAL MEC. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&view=download&alias=13914-pnbe-2011-seb-pdf&category_slug=agosto-2013-pdf&Itemid=30192>. Acesso em: 08 fev. 2018.

ROSENFELD, A. Literatura e Personagem. In: CANDIDO, Antonio et al. A personagem de ficção. 10.ed. São Paulo: Perspectiva, 2000, p.9-49.

SCHØLLHAMMER, K. E. Ficção brasileira contemporânea. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2009.

ROAS, D. A ameaça do fantástico: aproximações teóricas. Trad. Julián Fuks. São Paulo: Unesp, 2014.

STALLONI, Y. Os gêneros literários: narrativa, teatro e poesia. Trad. Claudete Soares. Portugal: Europa-América, 2010.

TODOROV, T. Introdução à literatura fantástica. Trad. Maria Clara Correa Castello. São Paulo: Perspectiva, 1981.

VILELA, L. O Buraco. In: ______. Três histórias fantásticas. 2.ed. São Paulo: SESI-SP editora, 2016, p. 19-38.

VOLOBUEF, K. Uma leitura do fantástico: A invenção de Morel (A. B. Casres) e O processo (F. Kafka). In: Revista Letras, Curitiba/PR, n.53, p.109-123, jan./jun. 2000. Editora da UFPR.

Downloads

Publicado

2020-01-06

Como Citar

Ferreira, E. A. G. R., & Bulhões, R. M. (2020). O conto fantástico na formação do leitor: uma leitura do conto “O Buraco”, de Luiz Vilela. Signo, 45(82), 47-58. https://doi.org/10.17058/signo.v45i82.14268

Edição

Seção

PPGL Unisc: 15 anos de pesquisa em leitura