Samba e literatura: os ritmos de Ismael Silva no romance Desde que o samba é samba (2012), de Paulo Lins
DOI:
https://doi.org/10.17058/signo.v47i89.17338Palabras clave:
Literatura, Samba, Paulo Lins, Ismael SilvaResumen
Este artigo propõe um estudo comparativo entre o romance Desde que o samba é samba (2012), de Paulo Lins, e composições do sambista Ismael Silva, criadas na mesma época em que a narrativa se ambienta, mais especificamente, no Rio de Janeiro do início do século XX. Para isso, apresenta-se uma breve contextualização sobre história e desenvolvimento do samba, buscando identificar referências e semelhanças entre texto ficcional e fatos históricos, a partir da leitura de autores como Lira Neto (2017), Tinhorão (1998), Luiz Antonio Simas e Nei Lopes (2020). Também se investiga o projeto literário de Paulo Lins para esse romance, tomando-se como ponto de partida perspectivas teóricas de Jacques Rancière (2005) para analisar como Lins ficcionaliza o real, visando a questionar a história oficial e a dar luz a questões de valorização das comunidades afro-brasileiras na formação do Brasil. Por fim, analisam-se algumas letras de Ismael Silva para demonstrar como o samba de Ismael e o romance de Lins expressam temáticas, vivências e questões histórico-sociais importantes nos processos de formação cultural do Brasil.
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