“O cinema é 24 vezes/ a verdade por segundo”: considerações sobre imagem e tempo na poesia de Marília Garcia
DOI :
https://doi.org/10.17058/signo.v50i97.20042Mots-clés :
Marília Garcia, Cinema, TempoRésumé
Este artigo busca identificar como as imagens contribuem na elaboração e apreensão do tempo presente construída na lírica de Marília Garcia. Para isso, discutimos os poemas "Classificação da secura" de 20 poemas para o seu walkman (2007), "pelos grandes bulevares" de Câmera lenta (2017) e "parque das ruínas" de parque das ruínas (2018). As análises mostram como a poeta apropria em sua poética os conceitos cinematográficos de “câmera lenta” e de “fast forwarding”, atentando, especialmente, para o modo como eles são utilizados na tematização do espaço estrangeiro. As considerações finais indicam que o trânsito constante presente na poética de Garcia tem seu duplo nas imagens em movimento — para apreender, no texto poético, a vida nos espaços para os quais se desloca, a poeta desdobra suas reflexões na instância do cinematográfico.
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