La formación de la identidad de clase de los agricultores familiares: una articulación teórica entre el consumo de medios y la participación en el movimiento social de la Economía Solidaria
DOI:
https://doi.org/10.17058/redes.v26i0.15747Palabras clave:
Agricultura familiar. Clase Social. Consumo de medios de comunicación. Economía solidaria.Resumen
Este artículo discute, teóricamente, la relación entre la participación de los agricultores familiares en el movimiento social Economía Solidaria y la formación de la identidad de clase, así como el papel de los medios de comunicación en la (des) legitimación de las identidades. El tema de la movilización, a través de la acción colectiva en un movimiento social, permite observar con mayor claridad el proceso de identificación con la clase social a partir de las interacciones con los medios tradicionales de comunicación y las nuevas tecnologías. Como eje teórico se utilizan los estudios culturales británicos y latinoamericanos, y se combina la sociología de la reproducción de Pierre Bourdieu y las mediaciones comunicativas de la cultura, de Jesús-Martín-Barbero: la primera, por sus aportes al estudio clase social; el segundo, por tratar a los medios de comunicación como una cuestión de cultura y reconocimiento social. En el argumento teórico se afirma que el posicionamiento crítico del movimiento sobre los modos de trabajo y consumo en la sociedad capitalista tiende a derivar en interpretaciones negociadas de las representaciones de los medios hegemónicos sobre la agricultura familiar. El papel de la Economía Solidaria en el mantenimiento y la supervivencia económica de la agricultura familiar no es suficiente para permitir la conciencia de la subalternidad de la clase en comunión con otras fracciones de la clase trabajadora rural. El deseo de reconocimiento social y mediático separa la agricultura familiar del reconocimiento con otros trabajadores.Descargas
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