Apresentação

O III Colóquio de Ética, Filosofia Política e Direito da Unisc proporciona para este ano um debate sobre o problema dos refugiados no mundo contemporâneo. O número de refugiados cresce assustadoramente e reflete de maneira clara a crise dos tempos globais. O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, declarou que a crise dos refugiados sírios exige solidariedade mundial. Segundo ele estamos  vivendo a maior crise de refugiados e deslocados do nosso tempo. De acordo com um relatório divulgado pela organização não governamental britânica Oxfam, os países ricos, por exemplo, reinstalaram 67,1 mil refugiados sírios, ou seja, apenas 1,39% do total. Por outro lado, diversos países que assinaram uma convenção para receber refugiados sírios e de outras origens, não os querem mais. A questão toma grandes proporções e se transforma num drama mundial. A Europa do estado de bem estar social (welfare state) como conhecemos hoje é uma referência para o mundo civilizado, o que a coloca no caminho daqueles que buscam desesperadamente, um recomeço para suas vidas. Estaria ela correndo riscos de uma invasão sem precedentes o que poderia desestabiliza-la economicamente e socialmente trazendo consequências para o mundo todo? Cabe apenas à Europa o desafio de ajuda solidária aos refugiados? Qual o papel da América do Norte e da América do Sul para ajudar a encontrar soluções para esse dilema que vive a humanidade? Qual o papel que o Brasil desempenhou historicamente? Por mais que representem um “incômodo” para uma parcela da população, os refugiados devem ter os mesmos direitos, deveres  e assistência básica como qualquer cidadão? Esse é o tema central para a reflexão do III Colóquio de Ética, Filosofia Política e Direito da Unisc.